Escrita’s da Resistência

16.00 

de Celan, Blanchot, Derrida, Nancy
ISBN: 9789897032202
Edição ou reimpressão: 2018
Editor: Palimage
Idioma: Português

Descrição

[…] neste título, Escrita’s da Resistência, a palavra resistência é igualmente escutável como um epíteto da própria escrita, da sua incondicionalidade irredentista e da sua vocação vivificantemente inventiva – incondicionalidade que, índice da sua vulnerabilidade extrema, da insolência do seu magnífico impoder, se manifesta na justa hiperbolicidade de uma liberdade capaz de se opor não só a todo o tipo de poderes mundanos e/ou instituídos (políticos, económicos, religiosos, culturais, sociais, jornalístico-mediáticos, universitários, etc.), mas, mais liminarmente, ao próprio poder de poder.

Assim escutada, resistência seria antes de mais como que o timbre da própria escrita – um timbre que lhe lavraria, para além da sua hiper-eticidade de princípio, um bem singular apolitismo hiper-político. Um apolitismo hiper-político que a situaria do outro lado da mundaneidade do mundo a fim de melhor velar por ela, e que, distanciando-a assim do próprio político pensado, como no essencial ele sempre foi, e continua maioritariamente a sê-lo, a partir da polis (da politeia, da res publica) e à luz do princípio de poder (e daí o apolitismo de princípio da escrita e deste pensamento da escrita), é todavia portador, e da promessa de muito criticamente repensar a imundice da dita mundialização do mundo, e da fé em novas Luzes para um novo mundo de Luzes por vir. Neste sentido, uma escrita digna do nome seria sempre uma escrita da resistência – de justa resistência e de re-invenção.»