Poesia

22.00 

de Fernando Lemos,

ISBN:978-972-0-03210-2
Edição/reimpressão:06-2019
Editor:Porto Editora
Código:03210
Coleção:Elogio da sombra
Idioma:Português
Dimensões:160 x 198 x 33 mm
Encadernação:Capa mole
Páginas:424
Tipo de Produto:Livro

REF: 9789720032102 Categorias: , Etiquetas: ,

Descrição

Quando Breton define a práctica do Surrealismo fá-lo enquanto modo de auscultação terapêutica, estudo acerca da amplitude da mente e das emoções, como forma de procurar uma verdade menos comum e impossível de padronizar. Importava observar a improvável cabeça humana no sem-limite da imaginação e do sentimento.

Fernando Lemos é um dos exemplos esplendorosos da estetização de algo que começa por ser uma estratégia psiquiátrica e se faz arte, corrente artística e de implicações ideológicas ou filosóficas. A sua intervenção é absoluta, deitando mão de valências díspares, como a fotografia, a pintura ou a poesia, para consumar o que era o propósito de Breton: entender que há uma liberdade interna que o indivíduo tende a desconhecer, tende a não exercer. Uma Liberdade que não se inibe perante a loucura, não se inibe perante a sanidade.

A arte de Fernando Lemos é uma ansiedade intensa pelo exercício da Liberdade. Atravessando ditaduras, a portuguesa e a brasileira, sempre junto ao sonho de contribuir para países melhores e pessoas potenciadas, Lemos é um artista completo e a poesia que agora reeditamos mostra-o assim: preocupado, provocador, humorizado, frontal, desconcertante, imprevisível, visual.

Obrigatoriamente na História do Surrealismo mundial, o poeta é testemunha da normalização do anormal, depositando na arte algo que lhe será sempre maior: a humanidade enquanto oportunidade de certo absoluto. Como o que foi guardado apenas para os deuses. Um olhar para dentro de todos os mistérios.